ESG. Multiplicam-se artigos, eventos e fóruns de debate sobre o tema. Não surpreende, pois um terço da alocação de recursos dos grandes investidores mundiais já estão em carteiras onde se sobressaem ativos focadas nesta agenda.

O capitalismo busca reconstruir-se com cada vez mais intensidade. Desde o início do século XXI, abalado por sucessivas crises (Enron, bolha da internet, crise financeira de 2008), ele vê emergir em seu próprio bojo movimentos cada vez mais consistentes de mudança.

O movimento ESG é o mais destacado deles. Há uma busca frenética por um posicionamento capaz de contemporizar anseios diversos em um modelo menos propenso a gerar massivas desigualdades sociais e ser mais sensível a questões como a dilapidação dos recursos naturais da Terra e ameaças climáticas, entre outras. 

Hoje, o valor de sua companhia tem novas métricas e mais de 90% das empresas listadas no S&P divulgam relatórios de sustentabilidade, por exemplo.

Mas o que é diferente no ESG, em relação aos esforços que já vinham sendo praticado pelas organizações na agenda de Sustentabilidade? Acredito que o diferente é o G. Finalmente, demo-nos conta de que nenhuma agenda pode ser bem executada sem a Governança apoderar-se dela. 

E o que é o G, que tem este papel tão fundamental? Vamos a ele: G é Guarda-chuva. Guardião. Goleiro, Guarda-metas, Goalkeeper. Um G robusto não deixa passar nada. É defesa inviolável e segurança lá atrás, para sua estratégia seguir no ataque.

G começa com o entendimento do cenário, das tendências e do ambiente socioeconômico no qual sua organização está inserida e com o qual interage e interdepende deste ambiente. Um G robusto é capuz de produzir o mapeamento de questões de riscos que ameaçam sua organização. E passa pelo monitoramento constante de suas ações de mitigação.

Difícil? Nem tanto. 

Gosto de lembrar, para quem tem familiaridade com sistemas integrados de gestão, que há um enorme arcabouço disponível para quem quer fazer bonito na área.

As normas ISO, por exemplo, cobrem todo o leque de questões vinculadas à Governança, passando pela GESTÃO DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO (ISO 27001), GESTÃO DE CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS (ISO 22301), GESTÃO DE CADEIA DE SUPRIMENTO (ISO 28000) – sim, porque você não pode ser ESG se sua cadeia de valor não estiver adequada –  e GESTÃO DE RISCO (ISO 31000), até chegar nas normas que se ocupam de assegurar que a organização atue dentro de princípios éticos e justos: GESTÃO DE COMPLIANCE (ISO 37301) e a GESTÃO ANTICORRUPÇÃO (ISO 37001)
 

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ESG na prática!

Nos últimos tempos, o tema "Governança Ambiental, Social e Corporativa" vem ganhando cada vez mais espaço em todo o planeta.

Autor
Marcos Bardagi

Graduado pela FEI e pela UFRGS com formação executiva em Compliance pelo Insper e In-house MBA pela Duke University, foi executivo em diversos segmentos no Brasil e na América Latina, Gestor do Modelo da Gestão (MEG21) e palestrante corporativo.

É palestrante e escritor, autor do livro "Homem no Contra Fluxo", onde mostra, através de contos e crônicas com humor peculiar, sua visão sobre o Homem e as Organizações na pós-modernidade, e a constante necessidade de Inovarmos.

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